sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Egoísmo.


E mais uma vez estou aqui, pela segunda vez seguida escrevendo sobre você. Acredite, isso é muito, porque você não é como os outros, você é real. Os outros são platônicos, efêmeros, quase-mentiras que inventei, que não vivi. Você eu respirei e convivi dia-a-dia e sobre você eu não consigo escrever, as palavras fogem e de uma forma irritante você é frio e quente, a certeza mais duvidosa, dançando conforme a música. Se estou na minha você provoca, fala mansinho e doce mas se correspondo com doçura você me corta e me gela, me entorpece e me enlouquece. E o pior de tudo é que você faz com que eu me sinta egoísta porque eu quero ouvir que você gosta de mim mas, no fundo eu tenho medo. Amar alguém é fácil, porque o amor é seu e você está acostumada aos seus sentimentos por mais loucos que eles sejam, mas ser amada é complexo demais porque você não controla, não é um sentimento seu e sim de outra pessoa. Eu gosto é da dúvida, eu te quero e ao mesmo tempo não quero. E quando não te quero pra mim, não te quero com ninguém. Egoísmo? Sim. Eu só queria que você não fosse de ninguém enquanto eu me preparo para ouvir suas palavras, enquanto eu me acostumo a ser amada para então ser sua. Isto soa tão pegajoso, quem disse que quero ser de alguém? E se eu não for de ninguém? Se for minha sina? Tão bom o gosto da liberdade, tão bom ser só minha. Talvez eu tenha medo que você seja tudo aquilo que eu quero, ou medo de ser exatamente aquilo que você sonhou. Buscar algo pode ser mais emocionante que encontrar, e se o príncipe virar sapo? Como todos os outros? Se você for metade não me basta e se cair na rotina me cansa. Eu quero tudo quero muito e quero o tempo todo. Talvez eu seja exigente demais ou covarde demais ou talvez só não queira me dividir com ninguém.

fonte:isthetop

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